10 julho 2006

A FIFA é uma “coisa” muito estranha.

O “Zizou” (porque é que em francês estas alcunhas soam sempre tão gay?) celebra o fim de carreira tornando-se num aríete humano e é eleito o melhor jogador do Mundial depois de dizerem que o Cristiano Ronaldo perdeu para o Polaco... perdão, Alemão “qualquercoisaOWSKI” por falta de “fair-play”. O critério só pode ter sido um: a marrada foi mesmo bem dada!

Algures em África, um “”“pobre””” dirigente da FIFA (é mesmo com muitas aspas porque estes pobres recebem um ordenado Fifal de vários milhares de euros anuais e uma DIÁRIA de 400 euros – assim só para despesas – quando estão ao serviço da FIFA, sendo que a maioria dos portugueses se estivesse ao serviço desta FIFA uma dia por mês ganhava mais do que a trabalhar o mês inteiro cá no burgo) foi despedido por ter vendido 8 bilhetes no mercado negro (claro! foi em África, de que cor é que o mercado havia de ser?).
Ao mesmo tempo, o braço direito do Cappo Blatter ficou com TODOS os bilhetes disponíveis para a população de Trinidade e Tobago, os quais foram vendidos a quem ele quis, a um preço 100 vezes superior ao real. A troco disto, uma improvável selecção de um improvável país T&T foi literalmente levada ao Mundial. Mas eu li isto nos jornais (Courrier International) pelo que não me parece que seja grande segredo. No entanto, nada acontece...

Lá na austera Suiça, onde o sigilo bancário é a verdadeira “sede” (em ambos sentidos: Sede = local e Sede = vontade de beber, ou neste caso talvez “mamar” seja mais apropriado) da FIFA, parece que a policia investiga (ou finge investigar?) umas estranhas movimentações bancárias que envolvem dinheiros chorudos a entrar nas contas pessoas dos Blatters e “sus bambinos” e a serem devolvidos (?) aos pagadores por dinheiros da FIFA.
Mais uma vez afirmo que não tenho fontes internas, vi na SIC Noticias uma espécie de Michael Moore a melgar “o Padrinho” sobre o assunto. Respostas? Nem uma palavra.

Ontem, dia de Final com duas das equipas que a FIFA aceitava para tal jogo (ainda se assustaram com o atrevimento de Portugal e Austrália, mas lá resolveram o problema), o elemento do jogo mais mostrado pela realização foi... a linda bola dourada da ADIDAS, sempre em grandes planos. Hoje acordei com uma estranha vontade de ir a correr comprar uma destas bolas... bom trabalho, D. Corleone, deve ter rendido mais uns cobres. (e afinal, o numero de crianças que morrem a fabricar bolas para a ADIDAS no Paquistão é quase insignificante, não é?)

Aos pobres dos árbitros (e devo dizer que gostei muito da arbitragem neste mundial pois creio que fez muito para reduzir as criticas à arbitragem em Portugal no próximo campeonato. A comparar com aqueles, os nossos são “muita bons” – só erram mesmo por encomenda!) dizem: cartões, cartões, cartões. Depois vem o russo cabalístico (aquele que o nome acaba em nove, os jogos acabam nove contra nove... isto é cabalístico, perguntem à Madonna que ela explica). Depois vem o Blatter criticar o “E-vai-nove”. Depois vem o Blatter pedir desculpa (coincidência: só depois de Portugal já ter sido eliminado, o que prova que ele estava chateado mesmo era porque o russo se enganou: era para expulsar 4 tugas e não dois tugas e duas laranjas). Agora sem Marlon Brando, penso que Hollywood tem o actor ideal caso alguma vez seja feito um remake de “O Padrinho”.

A FIFA faz-me pensar imediatamente em duas coisas: a famosa frase dos Monty Python “oh no! Its the Spanish Inquisition!” e uma musica cujo refrão constava assim “I’m watching you but who’s watching me?”

Já agora, Sr. Blatter, eu minto muito bem, sei ser cínico, aceito bem luvas (e até chapéus, cachecóis ou roupa interior, desde que me venha parar à conta bancária) e como estou desempregado, não haverá por aí um lugarzinho para mim? Nem preciso do ordenado, basta-me a diária de 400€, assim, só para despesas correntes (presumo que as prostitutas de luxo sejam pagas directamente por vocês ou pela ADIDAS, NIKE, PUMA... não?). Senão, lá terei que me contentar em ver os jogos do meu Sesimbra na 1ª Divisão Distrital, onde pelo menos se vêm cabeçadas a sério, dadas por jogadores que se chamassem “Zizou”, em vez de jogar futebol, mandavam-nos levar no... (olha que pena, cheguei ao limite de caracteres).

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