22 novembro 2005

Os 10 Mandamentos

“Não Matarás”
divorcia-te que é mais fácil

“Não Roubarás”
pede que te ofereçam

“Não Cobiçarás a Mulher do Próximo”
por isso é melhor cobiçar já a deste

“Não cometerás Adultério”
se houver risco de ser “apanhado”

“Honrarás Pai e Mãe”
o pai ainda vá, mas a mãe dela, se for jeitosa, também marcha

“Não Levantarás Falso Testemunho”
tirando isso, podes “levantar” o que quiseres

“Descansarás ao Domingo”
porque podes estar cansado de não fazer nada o resto da semana

“Não jurarás em nome do Senhor”
tá bem...

depois há mais dois, mas são um bocado parvos.

Por falar em Mandamentos

"Não cobiçarás a mulher do próximo".

então é melhor cobiçar já a deste!

Acho piada aos "Ateus"

Esta é para ficar a pensar:

Um ateu no fundo é um crente. O facto de ter nececidade de afirmar o não crer implica a aceitacao implicita da existência (de algo).

Uma coisa que me faz muita confusão

Uma coisa que me faz muita confusão: Portugal ter um “Bispo das Forças Armadas”. Isso é, no mínimo, um perigo nacional!

Estão a ver, os soldados prontos para embarcar para o Afeganistão, Iraque, Faixa de Gaza, Bósnia, Cova da Moura, e o Bispo, lá na cerimónia que fazem no Figo Maduro para as televisões mostrarem as famílias chorosas a dizer: “lembrai-vos do 1º Mandamento: Não Matarás!”. Porra, os soldados ficam “entalados”, então eles não vão para a guerra, com armas e balas e tudo? É parta quê?

Ou será que Moisés recebeu, juntamente com as duas (há quem diga que eram 3) Tábuas, uma Clausula de Excepção, em que o 1º Mandamento não se aplica a bispos de forças armadas?

E de que será feita a consciência cristã de D. Januário Torgal Ferreira? Dormirá à noite? É que eu, se fosse bispo e desse a bênção a pessoas que vão de arma em punho dispostas a matar (se “necessário”, claro está), não viveria em paz com a minha consciência.

Ainda bem que o bispo é ele e não eu. O católico é ele…

21 novembro 2005

Hoje deve ser dos bons

Hoje deve ser dos bons. Parece que é grande. Vamos ver se chega aí aos... 30 metros já não era mau. Tive pena de não ver o de 40, mas deve ser dificil fazerem outra vez. Hoje é na Azinhaga das Zibreiras, bom mato, pinheiral a dar com pau, matéria prima não falta.

Já láestavam os dois à minha espera.

- sempre o ultimo! O trabalhador!

- vai-te! por acaso já começou?

- nem vai começar.

- o quê?

- não vai começar! Não há! Non ché! Rien-ne-va-plus!

- porquê?

- houve um a sério.

- mas ainda há?

- há, mas são mesmo verdadeiros, não são postos.

- e não dá para ir ver?

- é longe, e já sabes como é que é... o gajo faz isto, ma depois não quer confusões de povo quando são os verdadeiros.

- porra! Eu pensava que já nem havia.

- há sempre, a natureza não perdoa. O homem também não costuma perdoar lá muito, mas esta ideia parece que deu certo.

- o gajo teve uma boa ideia. Já andam a fazer isso por todo o país. Até lá fora.

- e ainda por cima sai barato ao estado, que os gajos agora pagam-se com os bilhetes e o estado costou logo os subsidios.

- então, vê bem, isto hoje era para estarem aqui umas... à vontade mil, duas mil vinham. Hoje prometia ser dos bons. A 5 euros cada um, faz as contas.

- é papel, é! Não vês os meios com que eles agora andam? Nunca os bombeiros pensaram ter o material que têm hoje. E tudo por causa daquele maluco do Malaquias se ter lembrado de atear fogos, para depois ir apagar e o povo a ver nas bancadas (de metal, não vá o diabo tecê-las). Nunguém dava nada por ele como comandante dos bombeiros e afinal o gajo é que topou que era isso que o pessoal queria, ver fogo! Ele só lhes fez a vontade. E a verdade é que desde que isto se espalhou, já quase não se ouve falar de fogos postos. O sacana do Malaquias, ein?

...e o que o gajo não deve sacar para ele, por fora...

Foi um dia fraco

Foi um dia fraco. Só consegui 3. é do verão, anda menos gente. E apesar de tudo, bem bom está agora, há uns anos era quase impossivel conseguir um que fosse em Lisboa, ficava mesmo deserta. Havia de perguntar ao Passos se ele também notava isso na profissão dele, ía eu pensando, enfiado no 35 (santa ironia, o dia todo a andar de carro e... para casa de transportes...).

Já láestavam os dois à minha espera.

- sempre o ultimo!

- há quem trabalhe...

- deixa-te disso. Olha lá, quantos, hoje?

- três.

- não tá mau, para Agosto... e alguma coisa valente?

- por acaso um foi porreiro, consegui mesmo que a culpa fosse dela e tinha Total!

- diga-me cá uma coisa.

- tem a ver com isto?

- não.

- ...nunca tem.

- não é isso! Não é com vocês?

- e tá aqui mais alguém, batráquio?

- é com o autor

- ah! esse é tótó, avança.

- tu, não estás por acaso a abusar na acentuação? Isto por acaso é teatro? Tem lá calminha, que cansas os leitores.

EU ESCREVO COMO QUISER. É ASSIM QUE EU GOSTO DE ESCREVER. NÃO GOSTAS? NÃO TIVESSES APARECIDO NESTE CONTO. AGORA SE NÃO TE IMPORTAS, VOLTA LÁ PARA O CONTO, ESTÁ BEM? SENÃO VOU TER QUE TE MATAR E ISTO NÃO É UM LIVRO VIOLENTO.

- isso, um total, é coisa para quanto quanto?

- 200% pelo menos. Reeincidente, ainda por cima.

- e quanto é que vale o chaço

- o chaço é um bruto BM, recente, vai apanhar uma castanhada!

- és tu que vais avaliar Gomes?

- devo ser.

- coisa para quanto?

- nunca menos de 5000

- euros?

- contos, estúpido, dinheiro, mesmo.

- é bom, é bom. Somos nós que vamos financiar?

- acho que sim! Deve ser o esquema do costume

- então passas lá no banco amanhã.

- devo passar. Temos que saber até onde é que podemos esticar a corda à mulher.

- eu vejo-te isso.

- se a conta dela for das boas, para o ano, se quiser seguro para o carro, “minha querida, Exma. Sra. Dª Coisa, devido à participação do acidente tal e coiso, o seu prémio passa para CCC – Caro Comó’Caralho, como já sabe que se for às outras seguradoras elas sabem o preço, vão cobrar mais caro porque é uma cliente de risco, mas nós que até somos Simpáticos, até deixamos fazer por este preço catita, sendo um CCC, e como não pode andar sem o seguro, o melhor é mesmo pagar ou vender o carro, caso em que, não deixe de nos consultar pois dispomos de acordos com vários stands de usados que costumam ficar com esses carros.
Com os melhores cumprimentos,
Somos,
de V. Exa.,
atenciosamente,

- foda-sa! Tá lixada!

- amanhã leva-me os dados do carro para eu fala lá com o Pablo a saber se o BM lhe interessa.

- o Pablo já entrou?

- claro! Não queria, não queria, foi comprado. Mas agora é que ele tá bem, leva um BM de 5000 por 2000, vende aquilo por 4000, dá mil para ele e mil para o banco, é fixe!

- é por isso que eu digo. Nós andamos mal pagos.

- mas só agora é que percebeste? Então o gajo vai fazer uma milena à conta dum carro. Eu, por exemplo, se não fosse o que o Pablo e essa malta que eu trago me pagam, não me safava, só com o banco. E tu!? Nem subsidio de risco tens! Bolas, um gajo que tem como profissão provocar acidentes, sem ser culpado... é trabalho especializado, devia ser bem pago. Os gajos esquecem-se que sobrevivem à conta de todos os gajos como tu que andam a bater estradas e cidades à cata de bater. Ou como eu, que lhes trago os clientes que tu vocês me mandam. Disso não se lembram eles.

- manda aí vir mais três.

... e tremoços

09 novembro 2005

Fácil de entender

Estava à espera dos STCP para ir ver o FCP quando o tipo ao meu lado tem um AVC. Aflito, ligo o 112 onde me dizem que vão passar ao INEM. Como o SOS vinha a caminho, procuro o BI mas só encontro o NIF e o NIB. Fico apenas a saber que se trata de um GNR. Felizmente vejo passar um carro da PSP que tinha sido chamado por causa do barulho na IURD e faço sinal de STOP. Ao ver o corpo no chão, entram em contacto com o CCO e decidem esperar pelo 112 pois o trânsito na VCI está KO.

Venho a saber que aquele individuo já tinha sido guarda-costas do PM e do PR, estando presentemente em BLD devido a problemas de SPT provocado por uma ida a TM devido a uns problemas com o SIS, assunto que mereceu largo destaque na TVI há uns dias, bem como no DN, JN e CM.

Mais, era amigo pessoal do Pres. da CMP, com o qual tinha estado “lá fora”, integrado no 3º CCM do 2º BT do 1º destacamento do 4º BSB em Cunhanhe, de onde voltou para participar activamente no PREC, havendo suspeitas que tenha pertencido às FUP, tendo posteriormente aderido à UDP, hoje BE.

Como era de prever, para além do INEM, chegaram também os BVP, um carro do RSBP, um representante do MNE, outro do MAI. O caso viria a ser comentado na AR tendo sido decidido propor ao PR que condecorasse o individuo com a OGCM.

Soube que, já recuperado do AVC, ingressou nas OGMA como Dir. de TI.

Votos de boa saúde


Arcebispo de Cantuária

Missa

No outro dia calhou ir à missa, nunca tinha ido. A primeira coisa que reparei foi na quantidade de gente constipada, o que foi pena, porque o silêncio estava constantemente a ser interrompido por tosses e outro tipo de roncos e ruídos guturais.

Por fim lá apareceu um senhor vestido com uma coisa verde e uma saia branca até aos pés, que devias ser importante, porque toda a gente se levantou. Eu, depois de uns quantos olhares em que senti alguma recriminação, decidi levantar-me e colaborar no espírito de abertura e amor universal.

A coisa começou por prometer, quando o senhor verde disse “felizes os convidados para a ceia do senhor”. Porreiro, dão jantar, pensei. Mais tarde é que vi que o jantar era composto exclusivamente por uma fina bolachinha de pão branco, em que ainda por cima esqueceram-se de por sal. Também havia vinho mas devia ser pouco porque só o verde é que bebeu.

Às tantas passaram um cestinho com moedas, mas achei por bem não me servir, o dinheiro podia fazer mais falta a outros. Ainda por cima, pensava eu, o jantar estava assegurado. Se fosse agora talvez tivesse aceite uns euros para ir jantar.

Gostei da parte em que uma senhora se levantou e foi ler umas coisas. Achei que seria meu dever contribuir e fazer o mesmo. Aproveitei que tinha comprado o 24Horas, subi a uma espécie de palanque e comecei a ler um artigo muito interessante sobre sexo seguro, mas por azar, o verde e mais umas quantas senhoras resolveram desmaiar nessa altura e tive que interromper.

Um parte que não entendi foi quando, estando eu concentrado na decoração do espaço – repetitiva, à base de cruzes – começou toda a gente a beijar-se, tendo algumas senhoras puxado violentamente o meu braço, espetando um bigodudo beijo na minha face. Por momentos receei que aquilo fosse descambar para um bacanal e vendo-me perante a perspectiva de carne feminina que se me oferecei às vista – digamos que seriam poucas as que teriam nascido depois de Mário Soares – e o aspecto algo efeminado do gajo de verde e saia, achei melhor ir para a fila do jantar e pirar-me depois.

Acabei por comer a bolacha e bazei para ir despachar umas sandes de coirato e uma mines.


Arcebispo de Cantuaria

O Rei que saiu da barriga do candidato

Eu, felizmente entre muitos, sempre achei que o Sr. Mário Soares tinha o rei na barriga. Contudo, hoje, calhou passar por dois fora-de-portas (ditos “outdoors”) do dito e o que vi foi… um Rei. Cheguei, por breves momentos, a sentir respeito, mas só até ao momento em que tal deu lugar a uma sensação de pena, logo seguida de uma incontível gargalhada interior: qual Alien, o Rei saiu da barriga e tomou conta do “hospedeiro”, tornando-o num candidato a… Rei.

No segundo cartaz tive a sorte de poder estar parado em posição passível de contemplação e, ou é impressão minha, ou aquilo está mesmo muito monárquico, demais para um republicano? Lá está a bonacheira cara ocupando todo o lado esquerdo (do ponto de vista de quem olha), sob um fundo imaculadamente branco e uma palavra em grandes letras em cor azul-Monárquico! Não me lembro qual era a palavra, mas acho que a intenção é mesmo essa, dá um ar místico-culturo-intelectual à coisa. E no canto inferior direito, a Esfera Armilar. Porra, aquilo é de Rei. O que me levanta uma questão angustiante: será que ainda vamos ver o Jôjô Soares a disputar o Trono com um dos principescos filhos do legítimo D. Duarte?

E já que estou a falar de cartazes eleitorais, não acham que seria boa ideia TIRAR os das Municipais ANTES de começarem a colar os das Presidenciais? É que ou muito me engano, ou ainda vamos ter gente a votar no Carrilho para Presidente, no Cavaco para Presidente da Junta de Boliqueime…

Arcebispo de Cantuaria