Eu, felizmente entre muitos, sempre achei que o Sr. Mário Soares tinha o rei na barriga. Contudo, hoje, calhou passar por dois fora-de-portas (ditos “outdoors”) do dito e o que vi foi… um Rei. Cheguei, por breves momentos, a sentir respeito, mas só até ao momento em que tal deu lugar a uma sensação de pena, logo seguida de uma incontível gargalhada interior: qual Alien, o Rei saiu da barriga e tomou conta do “hospedeiro”, tornando-o num candidato a… Rei.
No segundo cartaz tive a sorte de poder estar parado em posição passível de contemplação e, ou é impressão minha, ou aquilo está mesmo muito monárquico, demais para um republicano? Lá está a bonacheira cara ocupando todo o lado esquerdo (do ponto de vista de quem olha), sob um fundo imaculadamente branco e uma palavra em grandes letras em cor azul-Monárquico! Não me lembro qual era a palavra, mas acho que a intenção é mesmo essa, dá um ar místico-culturo-intelectual à coisa. E no canto inferior direito, a Esfera Armilar. Porra, aquilo é de Rei. O que me levanta uma questão angustiante: será que ainda vamos ver o Jôjô Soares a disputar o Trono com um dos principescos filhos do legítimo D. Duarte?
E já que estou a falar de cartazes eleitorais, não acham que seria boa ideia TIRAR os das Municipais ANTES de começarem a colar os das Presidenciais? É que ou muito me engano, ou ainda vamos ter gente a votar no Carrilho para Presidente, no Cavaco para Presidente da Junta de Boliqueime…
Arcebispo de Cantuaria
09 novembro 2005
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