31 julho 2006

Carta do Arcebispo à Administração da RDP

Exmos. Senhores Administradores,

Ao voltar a este magnífico país, vindo de umas curtas férias na pobre Galiza (querem ser Portugueses, coitados) tomei conhecimento da reforma paga por essa empresa ao Poetado (ou Depueta) Manuel Alegre por aí ter trabalhado durante 3 meses em 1974.

Ora eu uma vez que estive na Antena3 e falei ao microfone durante uns 5 segundos, pelo que gostaria de saber se não será possível, dado que estou desempregado, sem subsidio de desemprego e embora também não trabalhe não sou deputado e fisicamente não me tenho sentido muito bem – umas dores chatas duma hérnia, e uma vez antes do 25 de Abril quando andava na 2ª classe escrevi numa redação que não gostava do Salazar, arranjarem-me também uma reforma.

Pelas minhas contas, se o senhor que em tempos andava a perguntar ao vento por noticias do seu país (embora tanto quanto sei a reforma que aufere não é devida a insanidade mental, dele) ganha 1/3 de 3.000 euros, eu terei direito a aproximadamente 20 euros por mês.

Não vos envio já o meu NIB porque ainda estou à espera de resposta a uma missiva que enviei ao ex-candidato à Presidência da Républica (aquilo do Cavaco ganhar foi chato porque assim o senhor ainda arranjava mais uma reforma e podia finalmente comelçar a fazer edições de autor que não faz mal se ninguém comprar desde que o Sr. Prado Coelho diga bem) no sentido de que me dispense os 2/3 que por lei está impedido de receber (é que eu com esses 2000 euros já me safava).

(Já agora, não podia acumular os 2000 euros dele com os 20 a que tenho direito? Ou o Sócrates não deixa?)

Se tiverem então a amabilidade de me dizer a quem devo enviar o meu NIB, agradeço.

Grato

PS: podem por favor lembrar-me o que é que o Sr. Manuel fez aí na Rádio? É que eu não me lembro...

20 julho 2006

Diferenças

As mulheres fingem orgasmos.
Os homens fingem que são comentadores de futebol.

18 julho 2006

A EMEL está-se a passar!

Algures em Lisboa vi, do fundo das minhas avantajadas dioptrias, carros bloqueados pela EMEL, o que não seria nada de especial se não fosse o caso de se feito numa rua sem parquímetros, sem estacionamento para os moradores e serem 8 da manhã!

Vamos por partes:

Se a rua (no caso Rua Afonso Lopes Vieira, à Avenida da Igreja, o que já de si devia implicar uma certa clemência) não tem parquímetros, como é que querem que as pessoas paguem?

Se a rua é de habitação (não há 1 único edifício de comércio ou escritórios) e não há estacionamento legal (sem ser em cima do passeio) para os moradores nem parque de estacionamento (grátis ou pago) a menos de 2kms, onde raio é suposto irem as pessoas por os carros?

Por outro lado, sendo 8 da manhã, não seria plausível pensar que aqueles carros TALVEZ fossem de moradores e não de “abusadores”?

Para piorar as coisas, considerando que a referida rua não tem parquímetros, os moradores não podem ter acesso aos dísticos de “morador” que os isentam de pagamento de estacionamento... mas também não podem pagar para estacionar... e não têm alternativa para estacionar...

Curioso, curioso é o facto de nessa mesma rua existir a Esquadra da PSP de Entrecampos! (com a inteligência, simpatia e educação que caracteriza os funcionários da EMEL não me admira nada que tenham bloqueado até os carros da policia!)

Ora, depois de ter visto a EMEL a rebocar carros à porta do Hospital Santa Maria (ver Artigo sobre o assunto), penso que só sobra uma solução aos habitantes de Lisboa:

Passem a ir todos deixar os carros directamente aos parques de reboques da PSP/EMEL (uma vez que aparentemente a segunda substitui a primeira instituição). Paga-se o espaço – o que pode até sair mais barato do que pagar um parquímetro – poupa-se o custo do reboque, evita-se a multa de estacionamento indevido, poupa-se trabalho (e combustível) aos cartel dos reboques que já nem precisam de sair e sobretudo, deixam os “verdinhos” sem emprego, o que seria uma bênção para todos os que ainda tentam viver ou trabalhar em Lisboa.

Ou então electrifiquem os vossos carros (qual será o cheiro de grilo esturrado?).

A EMEL transtorna-me. Cada vez que vou à garagem buscar a moto estou sempre à espera de a encontrar já bloqueada, com um simpático gajinho verde de papel e caneta na mão a sorrir do alto do seu imponente estatuto de “já fui vigilante, segurança, agora sou quase policia”.

A única coisa certa que a EMEL fez foi criar as fardas 100% verde gafanhoto.
Cada país tem a praga de gafanhotos que merece!

17 julho 2006

Obrigadinho, senhores da Sábado

Porque é que será que a Revista Sábado decidiu dar cabo da pouca confiança e auto-estima que existe nos Portugueses? Ou será que é só comigo?

Eu até estava habituado a que no Verão as revistas se tornassem mais “positivas” mas este ano a Sábado trocou-me as voltas. E isto tudo por causa dos malditos Testes que cientificamente nos vão dizer quem ou o que realmente somos.

Mas eu acho que aqueles testes são perniciosos. Vejamos: se a ideia de um Teste de Personalidade era resultar que a pessoa é magnifica e o posterior Teste a Sua Idade Real era fazer algum publico alvo sentir-se nas nuvens, vocês claramente esqueceram-se de uma larga fatia da população (ou então sou só eu) que:

Há duas semanas, fiquei a saber que eu sou uma pessoa com uma personalidade muito débil, frágil, sou fechado, tenho dificuldade em relacionar-me com os outros, sou cobarde, enfim, não valho nada!

Esta semana fiquei a saber que embora tenha nascido há 38 anos, na verdade tenho 47!

Qual é a ideia? Levar-me ao suicídio? Quer dizer, um gajo anda meio em baixo, sem emprego, sem que a “tal” oportunidade finalmente se revele, eu a pensar que com 38 anos já era difícil mudar de vida, afinal vocês dizem-me que eu tenho 47 e que basicamente sou uma besta, o que é que me resta?

Mas há uma perspectiva positiva, a antecipação da reforma - sempre se poupavam, no meu caso, 9 anos – pois presumo que tais testes tenham validade cientifica para que os apresente anexos ao meu pedido de reforma antecipada.

Termino informando-vos que o Eng.º, nosso 1º, também leu a Sábado e não está nada contente...

12 julho 2006

Portugal desce no ranking da FIFA após Mundial 2006

O artigo é do “Diário Digital”, eu só acrescentei os comentários entre parêntesis!

O quarto lugar de Portugal no Mundial 2006 não foi suficiente para fazer com que a nossa selecção subisse no ranking da FIFA (que estranho!!!), pelo contrário. Se em Maio as cores nacionais ocupavam o sétimo lugar, hoje estão no oitavo.

Apesar de ter alcançado um honroso quarto lugar, Portugal desceu no ranking da FIFA, que continua a ser liderado pelo Brasil.

A grande novidade é a Itália, campeã mundial, que subiu 11 lugares e agora ocupam o segundo lugar (como a FIFA consegue concluir que a aquipa Campeã do Mundo afinal é só a 2ª melhor, sendo que eliminou a melhor, é realmente mesmo estranho!!!)

Nota ainda para a Alemanha (subiu dez posições) (que estranho!!!), Suíça (13.º, subiu 22), Ucrânia (15.º, subiu 30) e Gana (25.º, subiu 23).

A FIFA revelou que a actual classificação já teve novos critérios de pontuação. (que estranho, que surpresa!!!)

O Top Ten:

1º Brasil, 1630 pontos (manteve a posição)
(isto é correcto, quase todos os jogadores, durante os jogos, limitaram-se a manter a posição durante os 90 minutos)

2º Itália, 1550 (+ 11)

3º Argentina, 1472 (+ seis)

4º França, 1462 (+ quatro)
(graças ao novo critério de pontuação: qualidade das cabeçadas nos adversário)

5º Inglaterra, 1434 (+ cinco)
(graças ao novo critério de pontuação: qualidade das patadas tomatais nos adversários)

6º Holanda, 1322 (menos três)

7º Espanha, 1309 (menos dois)

8º Portugal, 1301 (menos um)
(acho mal a FIFA também andar a mandar piadas ao Pauleta)

9º Alemanha, 1229 (mais 10)
(que estranho!!!)

10º República Checa, 1223 (menos oito)


e o México não era 4º ou 5º? agora que lhes ganhámos, já desaparecem da lista...

A FIFA, se formos a ver, tirando o facto de ser uma ditadura mafiosa, é muito parecida com um Governo, tudo o que sai cá para fora serve para a malta se rir e divertir e eles vão acreditando que nós os levamos a sério. É uma espécie de autismo institucional que parece ser contagioso.

10 julho 2006

A FIFA é uma “coisa” muito estranha.

O “Zizou” (porque é que em francês estas alcunhas soam sempre tão gay?) celebra o fim de carreira tornando-se num aríete humano e é eleito o melhor jogador do Mundial depois de dizerem que o Cristiano Ronaldo perdeu para o Polaco... perdão, Alemão “qualquercoisaOWSKI” por falta de “fair-play”. O critério só pode ter sido um: a marrada foi mesmo bem dada!

Algures em África, um “”“pobre””” dirigente da FIFA (é mesmo com muitas aspas porque estes pobres recebem um ordenado Fifal de vários milhares de euros anuais e uma DIÁRIA de 400 euros – assim só para despesas – quando estão ao serviço da FIFA, sendo que a maioria dos portugueses se estivesse ao serviço desta FIFA uma dia por mês ganhava mais do que a trabalhar o mês inteiro cá no burgo) foi despedido por ter vendido 8 bilhetes no mercado negro (claro! foi em África, de que cor é que o mercado havia de ser?).
Ao mesmo tempo, o braço direito do Cappo Blatter ficou com TODOS os bilhetes disponíveis para a população de Trinidade e Tobago, os quais foram vendidos a quem ele quis, a um preço 100 vezes superior ao real. A troco disto, uma improvável selecção de um improvável país T&T foi literalmente levada ao Mundial. Mas eu li isto nos jornais (Courrier International) pelo que não me parece que seja grande segredo. No entanto, nada acontece...

Lá na austera Suiça, onde o sigilo bancário é a verdadeira “sede” (em ambos sentidos: Sede = local e Sede = vontade de beber, ou neste caso talvez “mamar” seja mais apropriado) da FIFA, parece que a policia investiga (ou finge investigar?) umas estranhas movimentações bancárias que envolvem dinheiros chorudos a entrar nas contas pessoas dos Blatters e “sus bambinos” e a serem devolvidos (?) aos pagadores por dinheiros da FIFA.
Mais uma vez afirmo que não tenho fontes internas, vi na SIC Noticias uma espécie de Michael Moore a melgar “o Padrinho” sobre o assunto. Respostas? Nem uma palavra.

Ontem, dia de Final com duas das equipas que a FIFA aceitava para tal jogo (ainda se assustaram com o atrevimento de Portugal e Austrália, mas lá resolveram o problema), o elemento do jogo mais mostrado pela realização foi... a linda bola dourada da ADIDAS, sempre em grandes planos. Hoje acordei com uma estranha vontade de ir a correr comprar uma destas bolas... bom trabalho, D. Corleone, deve ter rendido mais uns cobres. (e afinal, o numero de crianças que morrem a fabricar bolas para a ADIDAS no Paquistão é quase insignificante, não é?)

Aos pobres dos árbitros (e devo dizer que gostei muito da arbitragem neste mundial pois creio que fez muito para reduzir as criticas à arbitragem em Portugal no próximo campeonato. A comparar com aqueles, os nossos são “muita bons” – só erram mesmo por encomenda!) dizem: cartões, cartões, cartões. Depois vem o russo cabalístico (aquele que o nome acaba em nove, os jogos acabam nove contra nove... isto é cabalístico, perguntem à Madonna que ela explica). Depois vem o Blatter criticar o “E-vai-nove”. Depois vem o Blatter pedir desculpa (coincidência: só depois de Portugal já ter sido eliminado, o que prova que ele estava chateado mesmo era porque o russo se enganou: era para expulsar 4 tugas e não dois tugas e duas laranjas). Agora sem Marlon Brando, penso que Hollywood tem o actor ideal caso alguma vez seja feito um remake de “O Padrinho”.

A FIFA faz-me pensar imediatamente em duas coisas: a famosa frase dos Monty Python “oh no! Its the Spanish Inquisition!” e uma musica cujo refrão constava assim “I’m watching you but who’s watching me?”

Já agora, Sr. Blatter, eu minto muito bem, sei ser cínico, aceito bem luvas (e até chapéus, cachecóis ou roupa interior, desde que me venha parar à conta bancária) e como estou desempregado, não haverá por aí um lugarzinho para mim? Nem preciso do ordenado, basta-me a diária de 400€, assim, só para despesas correntes (presumo que as prostitutas de luxo sejam pagas directamente por vocês ou pela ADIDAS, NIKE, PUMA... não?). Senão, lá terei que me contentar em ver os jogos do meu Sesimbra na 1ª Divisão Distrital, onde pelo menos se vêm cabeçadas a sério, dadas por jogadores que se chamassem “Zizou”, em vez de jogar futebol, mandavam-nos levar no... (olha que pena, cheguei ao limite de caracteres).

09 julho 2006

Holocausto

Eu compreendo Amadinejhad quando diz que o Holocausto nunca existiu. A julgar pelo que vai na cabeça do homem e cumprindo-se a sua vontade, o verdadeiro holocausto ainda está por vir. E Holocausto que se preze só pode haver um.

Sei inclusive de fonte segura que Lúcifer, treinador perpétuo da selecção de futebol do Inferno, que tem vindo a acusar a selecção do Céu de manipulação de resultados, aguarda a qualquer momento a chegada de reforços de peso, entre os quais o mencionado clone do Emplastro, o Traque (que é uma mistura de Tanque com Craque) americano J.W.B. (aqui entre nós, o W. está lá mesmo só para despistar, não é? O homem gosta mesmo é do JB. Dizem... ) e de Bin Laden, conhecido como “o matador”.

Aliás, esta estratégia de reforço do plantel infernal obedece a uma estratégia há muito planeada, senão veja-se o caso das explosivas contratações de jovens palestinianos sub-21 e de peritos israelitas em contra-ataque, ou mesmo o fabuloso Centro de Estágio criado em Guantánamo.

Mas Portugal não fica fora desta estratégia. Não por acaso, cada vez se ouve mais a expressão “isto é um inferno”. É que para a coisa dar certo é necessário o tal 12º jogador e assim como assim, inferno por inferno, nós já não vamos estranhar, embora nos “mentideros” haja algum receio de que o treinador com chifres e pés de cabra esteja a exagerar um pouco e acabemos todos por merecer o Céu, o que seria uma desaire para todos nós.

Penso, contudo, perante o cenário actual, que em próximos Campeonatos o inferno terá finalmente a sua chance. Deus que se cuide!

Formulários

Quem é que faz os formulários em Portugal, alguém sabe? Ninguém! Eu acho que é secreto. Muito secreto. Algures, num secreto gabinete de um não tão secreto SIS ou similar, uma equipa de profissionais altamente treinados passa os dias a “planear” formulários. Ou isso ou são feitos pelo mesmo grupo de sádicos que produz as instruções de montagem dos produtos IKEA.

Mas com que objectivo? Obvio: manter os portugueses num estado de semi-loucura que nos impeça de “ver, ouvir e ler” e “podermos ignorar”, que me perdoe Sophia.

Só assim se justifica que, independentemente do local, proveniência ou fim a que se destina, todo e qualquer formulários que se nos depara contém mais espaços que “não são para preencher” do que aqueles que realmente o são.

Na escola, ao matricular as crianças; em toda e qualquer repartição pública; no mais simples inquérito de rua; para o 128º Cartão Cliente da Loja X; para o BI, Passaporte, Registo Criminal, Segurança Social; abertura de conta bancária, perdemos horas a pensar “o que é que ponho aqui?”. Chegamos a levar os impressos para casa, consultamos dicionários, perdemos noites de sono, ligamos à Edite Estrela, consultamos o Ciber Duvidas, para no dia seguinte, voltar ao local do crime para perguntar:

“O que é que ponho aqui?”

“Ah. Isso não é para preencher” !!!

Eu sei que a pergunta é de difícil resposta, mas, se não é para preencher, porque é que aquele campo está ali?

08 julho 2006

Publicidade

I

Os Relógios Maurice Lacroix anunciam que “Não precisa de muito tempo para estar bem arranjado”. Ora isto, numa publicidade a um relógio de gama alta – daqueles que dão as mesmas horas que os outros mas que custam vários ordenados mínimos – soa-me mal.

Tá bem, é bom saber que eles são despachadinhos a arranjar a maquineta, coisa que em relógios pode levar eternidades, sei-o por experiência própria (mas que fica entre camelo e Camelo). O que me faz confusão é eles anunciarem logo à partida que aquilo vai avariar! “Olhe, você compra o relógio, este aqui por exemplo, que custa um mês de reforma de ex-administrador do Banco de Portugal, ele avaria logo a seguir, às vezes nem vale a pena chegar a sair com ele da loja, mas deixe estar que «Não precisa de muito tempo para estar bem arranjado»”!

E depois, avaria quantas vezes? Só uma, a primeira? Ou é regular? Tipo quando, uma vez por ano? Por mês? Mas porque é que eu me hei-de preocupar se “Não precisa de muito tempo para estar bem arranjado”?

Bem arranjado estou eu com esta publicidade pseudo-intelectual de “para bom entendedor meia palavra basta”, quando a premissa talvez devesse ser “para meio entendedor, nem boa palavra basta”


II

A TopAtlântico anuncia: “madeira. desde €370”

Parece-me carote. Eu no AKI ou no Mestre Maco costumo ver madeira desde €4,99...


III

Em anuncio rádio: (som similar a comboio) “O que é aquilo, o TGV já chegou a Portugal?”, “Não, chefe, é a SEUR a fazer uma entrega”.... ... ...

Por um lado não me apetece comentar... torna-se... desnecessário...

Por outro lado... levantam-se-me duas questões:

Primeiro, a SEUR faz assim tanto barulho a fazer entregas?
Segundo: há mesmo gente paga para escrever isto?

IV

A publicidade que mais me irrita é aquela que é tão abertamente mentirosa que acho que os estúpidos que caem nela, merecem, logo, é eficaz. E vem isto a propósito de louvar o anuncio da Vodafone que afirma que “Falar no estrangeiro custa o mesmo por minuto que em Portugal”, acrescentando em baixo que “por apenas mais 80 cêntimos por chamada(...)”!

Ora ou sou eu que sou estúpido ou se eu logo à partida vou pagar mais 80 cêntimos por chamada, o preço não vai claramente ser o mesmo, pelo menos na factura, lá no minuto não sei que cada vez vocês me deixam perceber menos disso.

04 julho 2006

Um pedido

Alguem tem uma bandeirinha dessas que parecem a portuguesa que me empreste?
É que eu acho que ainda vou levar porrada ou ter os pneus furados e um bilhetinho a dizer "atão e a Bandeira? Traidor!"

Uma confissão

Não digam a ninguém mas eu, eu... eu não tenho um Plasma!

Pior, a televisão em que vejo os jogos de Portugal ainda se media em centímetros, no tempo em que toda a gente sabia que ninguém sabe quanto mede uma polegada.

Tenho vergonha de dizer isto mas a minha tem 51cm (lamentavelmente tenho que recordar que estamos apenas a falar da TV).

Nem dá para ver a cor das bandoletes dos jogadores ou a se a Merche aparece incógnita no Camarote VIP, dirão. E têm razão. Mas no tempo em que comprei aquele televisor, o conceito de TV de casa terminava abaixo do metro de diâmetro, passando aos 101cm à categoria de QUECIQETEC (Quase Ecran de Cinema Que É Estúpido Ter Em Casa).

Mas eu não aguento a pressão, tenho que confessar tudo. Tenho que sair do armário. Eu, eu... eu peço desculpa mas só tenho um televisor em casa. Na sala. Mais Nada! Nem na cozinha, nem no quarto, nem daqueles pequeninos pendurados num suporte que provoca um torcicolo para o resto da noite. Nada!

Eu adormeço... tá bem eu digo, eu adormeço... a ler. Cada um que me julgue como entender (mas sobre aquilo do plasma, nao "espalhem", tá bem? parece mal...)

02 julho 2006

Podem usar o e-mule à vontade - A Prova

Esta coisa de combater a partilha de musica on-line, que sob a forma criminosa toma a designação de doune-loudes ilegais faz-me alguma confusão.

Imaginemos que me entram aqui uns senhores a dizer que eu vou ser processado pela Sony Music por lhes "roubar" musicas. Até aqui tudo bem. Ora o problema começa aí. É que como eu estava a utilizar um programa instalado num Pc Sony, a Sony Music vai ter que processar também a Sony Computers. Que por sua vez vai ter que processar a Sony CD's porque eu estava a gravar as musicas num CDr Sony, para ouvir num Discman Sony, pelo que a Sony Discmans vai ter que processar a Sony CD's e a Sony PC, sendo todas estas processadas pela Sony Music (e por mim!)

No fim, a Sony terá que pagar tanto a advogados e a indemnizações a si própria que não terá dinheiro para me pagar a indemnização por me terem levado a ter que indemnizá-los e os Executivos e Advogados que não enlouquecerem durante o processo vão dedicar-se à fabricação da Tapeçarias de Portalegre (os primeiros) e Bordados da Madeira (os segundos) e a Sony abrirá naturalmente falência por insanidade colectiva e implosão-económica.

A mim, como vivo em Portugal e até já apertei a mão ao Cavaco Silva um dia, não me deve acontecer nada...

O Colombo

Há Portugueses que vão tantas vezes ao Colombo que já o deviam tratar simplesmente por Cristovão.

e dizem que os Portugueses não são competitivos

Os Portugueses são tão competitivos que até nos semáforos esperam pelo tiro de partida, em forma de buzinadela antes de arrancar (independentemente do tempo decorrido desde o acendimento da luz verde).

Papel higienico preto

O papel higiénico preto foi inventado em Portugal.

Motivo de orgulho? De Surpresa? Penso que não.

É apenas demonstrativo do estado do país.

Até a merda está de luto!

Penso blog existo

01 julho 2006

Fátima 2006

Como seriam as aparições de Fátima se ocorressem no Portugal de hoje? Vejamos. Primeiro teriam lugar na Cova da Moura e não na Cova d’Iria e não no dia 13 de Maio mas sim no 6 de Maio, naturalmente.

Sobre o tejadilho dum carro tunning, uma intensa luz brilharia, o que passaria como sendo apenas mais um acessório sonoro-luminoso do artilhado Fiat Uno.

Dessa brilhante luz emergiria uma Senhora vestindo um imaculado manto branco, ao que os 3 dealers presentes reagiriam “então minha, baldasteste do hospital? Tens metadona? Pela tua cara tás a ressacar, queres alguma coisa? Tens guito?”

A Senhora falaria então, mas para que fosse atendida seria necessário encontrar primeiro alguém que pudesse traduzir o Português falado para idioma SMS.

Ao fim do segundo segredo, dois dos “comerciantes” teriam catalogado a oradora de “agarrada em estado terminal” um e “passada” o outro.

O terceiro, ao ouvir falar de um terceiro segredo que não poderia ser revelado, perguntar-lhe-ia onde é que o “produto” estava escondido, sob ameaça de uma AK47 (devidamente legalizada).

Tal como outrora, milhares de pessoas assistiriam no local ao fenómeno de ver o sol rodopiar no céu em pleno dia. Contudo, nenhum dos presentes acharia isso estranho.

Incapaz de fazer passar a sua mensagem, a Senhora decidiria ir aparecer em França, em Lourdes. Infelizmente, ao chegar, a sua luminosa aparição seria totalmente ofuscada pelo clarão de dezenas de carros a arder nas ruas.

Ode ao Arroto

Começa devagarinho
Cá dentro do nosso ser,
Como um remoinho
Quando se põe a mexer.

Sobe um não sei quê
Uma estranha sensação,
Algo que não se vê
Só se tem a percepção.

Vem p’lo corpo acima
Chega junto à garganta,
Prepara-se a obra prima
Que a todos sempre espanta.

Com os musculos apertados
Estamos enfim preparados,
E se nada der pró torto
É assim que nasce o arroto.