A forma como se conseguiu transpor para os sistemas informáticos a burro-cracia pré-Simplex é inatingível por qualquer outro povo.
Dou exemplo.
Hospital Santa Maria.
Vou fazer análises.
Levo duas requisições (é sagrado que quando vou a Lisboa, uma há Requisição envolvida no assunto).
Ao fim de poucas horas encontro o Serviço, que afinal era mesmo junto à entrada, mas já se sabe que naquele hospital é sempre necessário "ir por esse corredor" (que por vezes acaba já em Almada).
Máquina de senhas. A, B, C, D.
A e D não podem ser, B diz "colheitas com requisição", C diz "colheitas sem requisição" (é um hospital ecológico, fazem colheitas, tratam-nos como gado).
Voz "utente com senha B43 balcão 1". Balcão 1. Não tem as de tirarem sangue aqui. Entrego os papéis.
- Devia ter tirado uma C, escusava de vir aqui.
- Mas C é sem requisição e eu tenho requisição.
- Mas C é para aquelas, com estas não é preciso. Para a próxima já sabe. Agora espera que chamem o mesmo número. (deu-me 3 autocolantes)
"Utente com senha B43 colheitas 6".
E desta vez lá colheram.
Para a próxima já sei... espera, quais são as requisições que se tira a senha "sem requisição"?
Caramba. Foi um dia em cheio! Hoje senti-me mesmo português... joder!
13 abril 2007
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