Dinamitar pontes. Pontes essas que ligam Portugal ao Deserto. Notam-se resquícios do pós 25 Abril ou, no caso, talvez mesmo da 1ª Guerra (veio-me à cabeça Hemingway, a dinamitação da ponte).
A vantagem da Ota é que na A1, os terroristas não têm que fazer nada, nós tratamos do assunto. Ou mesmo eles se quiserem, bastam 3 perigosos fundamentalistas congeminar um aparatoso choque em cadeia, sai mais barato que dinamitar uma, duas pontes e nem dá prisão.
Isto para não falar na dificuldade que será dinamitar um troço da linha do TGV. Dinamitar uma ponte é muitíssimo mais fácil.
Mas o próprio Almeida Santos disse, em polítiquês, que os políticos por vezes cometem gafes. Só não percebi se estava a defender Mário Lino se a si próprio. É o que da fazer prognósticos antes do fim do jogo...
Quanto ao deserto. Se o deserto são só os locais para o aeroporto, a mim parece-me bem. Se lá, no sítio onde vão ficar as pistas houvesse casas, escolas, hotéis, era capaz de ser complicado arranjar espaço para por o aeroporto e uma pista aos ziguezagues ia dar uma trabalheira.
Ou então chamavam-se os terroristas e dinamitava-se tudo primeiro, escolas, hospitais, hotéis, povoações, para então construir o aeroporto e depois construir à volta. Quem não sonha morar perto de um aeroporto?
Se eu estivesse no lugar de José Sócrates considerava seriamente a inclusão de ministros mudos (surdos já eles são) na próxima remodelação.
Algures no Deserto
Distrito de Setubhal
Azeitão
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Biblioteca da Cantuária
25 maio 2007
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5 comentários:
Parece-me bem ! vou já enviar um link ao ministério...
Um abraço.
Este texto está o máximo! Parabéns!
A Dina ainda vai arranjar problemas na DREN!
Ou Estarão a pensar "DRENamitar"????
A ponte do Hemingway é do Adeus Às Armas (1ª guerra)? Ou é em Por Quem os Sinos Dobram (Guerra Civil de Espanha)?
Eu compreendo as palavras do ministro. Infelizes, mas com um fundo de verdade. Antes um deserto. Esse pelo menos está livre de porcaria. Nós não.
É do Por Quem ss Sinos Dobram.
Quanto ao fundo de verdade, é claro que têm, resta saber é se não é ainda mais preocupante (o desinvestimento no distrito de Setubal) do que a perspectiva "indignada" de quem cá mora (no deserto).
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