22 abril 2007

"Ele há bons empregos"... este não é um deles.

A dita blogosfera é, tradicionalmente uma coisa calma aos fins de semana. É bom sinal, sinal de existência de vida própria. Mas hoje fiz uma descoberta fascinante. Uma subespécie raríssima da família “anonymous said…” (ler aqui o estudo cientifico sobre esta criatura) que dá pelo nome de “EMELius-frutatius”.

Trata-se de um tipo felizmente raro e quase inofensivo de “anonymous said…” que, por incapacidade de vida social, alergia ao sol e uma grave acumulação de frustrações laborais, dedica as suas manhãs de Domingo à procura de referencias à sua entidade orientadora – essa tal EMEL – que lhe substitui o cérebro.

Lamentavelmente, padece de Síndrome de Tourette, mas deixam-se aqui alguns exemplos:

2 Comments:

“Anónimo said...
és burro todos os dias”
Abril 22, 2007

“Anónimo said...
é a gajos como tu, porcos engravatados que não respeitam ninguém, que adoro foder...”
Abril 22, 2007


2 Comments:

“Anónimo said...
quem ganha não sei, agora se já começam a enojar, é porque já caíste que nem um camelo”
Abril 22, 2007


Numa análise mais aprofundada ao palavrear desta criatura, podemos notar uma curiosa tendência para o animalismo (temos um burro, um camelo e um porco, com a particularidade de se considerar como viável a possibilidade de tal animal andar engravatado, o que, segundo os psicólogos, poderá ser demonstrador de um qualquer trauma com chefias pois apesar de já um árbitro uma vez ter visto um porco a andar de bicicleta, aparentemente este “anonymous said…” é a única criatura que já terá visto um a usar gravata).

Notável também a cultura de empresa que esta mesma EMEL incute nos seus funcionários, o Respeito (“gajos como tu que não respeitam ninguém”, o que se torna evidente após ler os comentários deixados), o primado da Ordem e Lei (“caíste que nem um camelo”, sendo que eu aqui teria optado pela expressão “patinho”, mas admito que a queda de um camelo é bem mais imponente).

Não se pode deixar ainda de elogiar o departamento de Recursos Humanos desta tal EMEL pela forma apurada como entrega nas mãos de cidadãos conscientes, respeitadores e sem qualquer indício de perturbações mentais o poder autónomo e discricionário de fiscalizar o estacionamento em Lisboa. De resto, os resultados são visíveis de dia para dia.

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